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o que será que acontece se olharmos para dentro das nossas crianças pequenas e tentarmos perceber o que está a falhar na realidade para o virtual ser tão aliciante? claro que todos os aspetos que tornam estes dispositivos viciantes e atraentes pertencem ao domínio do real, mas não será aquilo que o acontece dentro das nossas crianças que as leva...

se nos atrevemos a olhar para fora das crianças mas para dentro de nós, adultos, podemos pensar sobre a nossa necessidade crescente de apresentar estes aparelhos às nossas crianças - e isso sabemos que poderá ser demasiado intenso e agitar demasiado as águas da nossa estabilidade mental, inundar-nos de culpa… mas se queremos verdadeiramente pensar...

o debate em torno dos telemóveis e dos ecrãs tem vindo a amplificar-se. talvez tenhamos finalmente aceite que as tecnologias vieram para ficar e vão fazer parte da nossa vida e do desenvolvimento das nossas crianças. por isso, discute-se as idades ideais para apresentar, horários e tempos para assistir e todo o tipo de recomendações para guiar os...

não posso deixar de notar padrões quando os observo e há um que tem sobressaído muito na minha prática clínica. são muitos os pais que me procuram queixando-se do quão "insolentes" sentem as suas crianças. reclamam de todas as vezes que têm de lhes dizer para não mexerem nos fios ao pé da televisão ou para pararem de bater no...

conversava há uns dias com uma técnica, que trabalha a parentalidade, sobre este tema. falávamos da facilidade com que julgamos e rotulamos os comportamentos das crianças, da facilidade com que lhes impomos uma conotação negativa, de mau comportamento, de má educação, de desafio até. acredito que ficamos presos com esta interrogação na nossa cabeça...

falamos de braços e abraços constantemente e recomendamos com a facilidade como quem recomenda um ibuprofeno para a dor de cabeça e, talvez, tal como com a medicação, nem saibamos bem por que o fazemos, apenas que resulta. sentimos na pele a forma como os abraços nos acalmam o coração. sentimos na pele a forma como os braços...

este foi um mês de leituras muito intensas, de tal forma que demorei mais do que o habitual para conseguir escrever sobre elas. estes livros têm algo em comum - falam-nos de relações intensas. como podem as nossas relações primárias moldar-nos? como pode ser possivel encontrar alguém que mexa connosco de uma forma que nos transcende?

hoje celebra-se o dia da mãe. a meio desta semana celebrou-se o Dia Mundial da Saúde Mental Materna. o materno esteve muito presente nas nossas mentes esta semana. o materno dominou os reels e as publicações da semana. ter dias que procuram marcar e celebrar a vida é importante. ter dias que procuram relembrar aspetos e pessoas é importante....

uma coisa é olhar para ti, outra é ser visto.* não temos noção do impacto desta diferença. não temos noção que, talvez, o impacto seja tanto maior quanto menor for a nossa idade, não porque com a idade precisemos menos, mas porque a capacidade de absorção do que nos rodeia é tão refinada quando somos pequenos que é...

este foi um mês de leituras carregado de simbolismos e metáforas. estes são três livros muito diferentes entre si, mas que nos falam sobre relações que ficaram aquém daquilo que as personagens precisavam. independentemente de todos os desejos falhados, de todas as idealizações despedaçadas pela realidade, vemos personagens cuja resiliência não as...

ouvimos demasiadas vezes falar sobre o que é normal e o que não é. ouvimos demasiadas vezes falar sobre os parâmetros ideais para o desenvolvimento das nossas crianças. temos números e milestones cravados na nossa mente, assombrando-nos, levando-nos a medi-las a cada momento, para nos certificarmos de que está tudo a correr bem (de que estamos...

marcia arnaud | psicóloga clínica | 2024 | Todos os direitos reservados
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