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ler é um gosto. ler é algo que me consegue fazer desligar do mundo real. ler é algo que realmente me faz feliz. ler é algo que me permite aprender muito sobre a vida e sobre as relações. ler é algo que me leva para onde mais gosto de estar, no meio de histórias. é isso o que mais me...

um cliente perguntava-me: "então afinal o que é realmente meu? somente meu?" e esta é uma pergunta verdadeiramente inquietante.

é um dado adquirido o meu gosto por literatura. é um dado adquirido o meu gosto pela literatura infantil. o poder dos livros é algo incrível e que não pode ser descurado e, por isso, recomendo muitos livros e nas mais variadas situações. contudo, fico na dúvida se consigo transmitir realmente a minha intenção com essas recomendações...

tantas são as vezes em que sinto a alegria dos pais a falar da autonomia das suas crianças. tantas são as vezes em que sinto o orgulho dos pais quando dizem que as suas crianças têm competências acima do esperado (esperado para quem? podíamos questionar...). mas, são raras as vezes que pensamos sobre o que isso realmente...

não é possivel pensar a temática da irrequietude sem referir a clássica (ainda não esquecida) dicotomia corpo-mente. diria que, o primeiro aspeto a sublinhar, é o de que esta dicotomia não existe! o corpo e a mente estão permanentemente interligados desde os primórdios do nosso desenvolvimento fetal. ambos se desenvolvem a par e passo um com o...

sabemos que estes ditados, com uma raiz muito católica, têm o intuito de prevenir as nossas crianças (e adultos!) de fazer "más ações" e de, através de uma falsa empatia diria, manter-nos numa sociedade civilizada. vejamos as entrelinhas, porque elas falam-nos de muito mais...

em tempos senti que havia uma sensação generalizada de que a vida de um bebé era maravilhosa. os bebés parecerem ser uns "sortudos" porque, com as suas capacidades cognitivas ainda pouco desenvolvidas, escapam-se a tantos males comuns dos adultos, diziam-me: "eles não têm responsabilidades", "ao menos não acabam a pensar demasiado sobre nada", "que...

Winnicott, um dos grandes psicanalistas infantil, deixou-nos o termo "mãe suficientemente boa" que é um termo que nos permite não só aproximar da realidade de cada mãe e, com isso, aliviar a culpa que parece que, muitas vezes, uma mãe acarta; como nos aproximar das reais necessidades do bebé.

hoje trago um dos "discos pedidos": o luto. estamos em dezembro, no mês da família, dos afetos, dos laços. contudo, este mês do amor também nos pode deixar um sabor mais amargo quando nos confrontamos com o lugar vazio na mesa da consoada, com o impulso de dar uma prenda a alguém que não está mais cá. a ambivalência desta...

há esta crença generalizada entre os adultos de que aquilo que as crianças dizem não tem grande importância, desvalorizando o que nos contam ou querem contar, misturado com a tendência para as diminuir, como se não fossem suficientes para serem levadas a sério. se o que uma criança tem para dizer deve ser valorizado, também o seu silêncio deve...

quantos de nós vão a correr ter com uma criança quando a veem chorar? quantos de nós tentamos acabar rapidamente com o seu sofrimento (e o nosso também, sejamos sinceros!), acolhendo este pequeno ser nos nossos braços? e o que é que costumamos dizer? isso mesmo que está a pensar: "está tudo bem! já passou! não chora, sim? pronto... que...

marcia arnaud | psicóloga clínica | 2024 | Todos os direitos reservados
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